
Para todos os apaixonados pelos JRPGs, Final Fantasy XII representa um momento singular na cronologia do género. Lançado em 2006 na PlayStation 2, a décima segunda entrada na série principal da Square Enix, na verdade um dos primeiros jogos de grande perfil após a Squaresoft se unir à Enix (em 2002), ficou marcada por inúmeras diferenças em relação a tudo o que veio antes. Dentro da série Final Fantasy, XII sempre foi visto como uma entrada estranha, mas ainda assim, apaixonou milhões de jogadores. Talvez por isso seja fácil entender o porquê da Square Enix ter finalmente decidido lançar o seu remaster, chamado Zodiac Age e que oportunamente apresenta pela primeira vez aos Europeus os conteúdos da edição International Zodiac Job System.
Final Fantasy XII foi imaginado por Yasumi Matsuno e todo o seu desenvolvimento (durou cerca de 5 anos) é uma espécie de lenda que os fãs contam entre si. A mente responsável por Final Fantasy Tactics e Vagrant Story há muito que havia conquistado o merecido respeito dos adeptos do género e havia chegado a hora de criar um jogo na série principal. O conturbado desenvolvimento ditou que Matsuno deixasse a equipa, posteriormente liderada por Hiroyuki Ito (um veterano na Squaresoft), mas todo o jogo enverga o seu legado. Final Fantasy XII está inserido no mundo de Ivalice, tal como as suas anteriores produções, focando-se em temáticas similares: tramas sociais e políticas que inevitavelmente afectam as vidas dos personagens que acompanhas. Além disto, o sistema de combate e muitas das mecânicas principais do gameplay ostentam todo o ADN de Matsuno que já havia sido visto em Tactics.
A história de Final Fantasy XII foca-se nas grandes temáticas que Matsuno havia habituado os fãs: um império opressor em guerra com outro reino, enquanto uma terceira parte está ali no meio, infelizmente num local estratégico. A imponente cinemática de abertura mostra o ataque imperial a Dalmasca e como uma princesa ganha motivação para se vingar. Pelo meio surge Vaan (o controverso protagonista que relegou o carisma e importância tradicional de uma figura principal para a distribuir pelos seus colegas, especialmente Balthier) que sonha em se tornar num pirata dos céus. O seu banal quotidiano fica virado do avesso quando dá por si a enfrentar o império opressor.
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