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Análise: Agents of Mayhem

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Análise: Agents of Mayhem

Agents of Mayhem é o mais novo jogo da Volition, a mesma da série Saint’s Row. O jogo é considerado um sucessor espiritual da franquia Saint’s Row, já que ocorre alguns anos após os acontecimentos do seu quarto jogo.

Um roteiro bem batido

Em Agents of Mayhem, o mundo foi dominado pela L.E.G.I.O.N, que traduzindo seria algo como Liga dos Cavalheiros Malignos Intencionados em Obliterar Nações (pois é).  Comandada por Morningstar, a LEGION é dividida em vários ministérios e em Seul é dominada pelo Ministério da Soberba, do Dr. Babylon.

fiu fiu!

O jogador controla três super agentes da Agência Multinacional para Caçar Mentes Malignas, ou, M.A.Y.H.E.M. A misteriosa e sensual Peserphone é a cabeça por trás dos mocinhos e fará de tudo para acabar com os planos da LEGION.

O roteiro batido não é coincidência, pois o jogo é bastante inspirado nos antigos desenhos de G.I. Joe e na série Super Máquina. O jogo possui personagens extremamente divertidos e marcantes, seja mocinho ou vilão. Já imaginou derrotar um vilão que lembra o Justin Bieber? Pois esse é o tipo de figura que você irá encontrar no jogo.

Eu estava meio receoso com a história do jogo desde a minha última experiência com Saint’s Row Re-elected. As piadas já não eram tão engraçadas e os personagens eram bastante genéricos. Mas ter mudado os ares para uma nova IP parece ter dado certo para a Volition.

Um show de carisma!

A Volition deixou bem claro antes do lançamento de Agents of Mayhem que o jogador teria vários times a seu dispor. Agentes de toda parte do mundo, inclusive uma brasileira (que fala espanhol?!). Mas os trailers davam a entender que escolheríamos trios pré-determinados. Felizmente, você pode escolher livremente os agentes que irão compor sua equipe.

É do Brasilsilsilsil….

Todos os agentes tem uma motivação pessoal para estarem ali e uma das coisas mais bacanas é assistir suas histórias. O estúdio conseguiu dar carisma para cada personagem, e dificilmente você irá terminar o jogo com a equipe que começou. Você sempre irá querer experimentar um agente novo em busca de novas estratégias. No total são 12 agentes para você liberar ao longo do jogo.

O mesmo vale para os vilões. Dr. Babylon e sua trupe conseguem arrancar momentos cômicos dos jogadores com o já mencionado Justin Bieber, um Ciborgue noivo de uma IA e até mesmo uma versão feminina do coringa são o tipo de gente que Dr. babylon tem como ajudantes.

Um grande déjà vu

Apesar do estúdio ser conhecido por criar personagens marcantes, eles não conseguiram repetir isso com o mundo de Mayhem. Começando pela cidade de Seul. Em uma primeira vista parece uma exuberante e viva cidade.  Mas após alguns minutos jogando, você percebe que a cidade é bem genérica. Parece que você passa pelo mesmo lugar várias vezes, como um déjà vu. Sem falar que a cidade parece “morta”. Não há muitos NPCs e se há, eles dificilmente fazem algo diferente de caminhar pela cidade ou ficar acoados durante tiroteios.

Bonita, mas…

Outra falha grave no jogo é a falta de variedade nas missões. Existem muitas atividades no mapa que se resumem a resgatar um refém, completar uma corrida contra o tempo e defender-se contra inimigos. As missões secundárias, que estão ligadas a história dos agentes, também sofrem do mesmo mal. Invadir uma base da LEGION, que são exatamente iguais, derrotar os mesmos inimigos e fim.  Felizmente, as missões principais são bem criativas e “quebram” esse clima de repetição.

Gameplay

A jogabilidade de Agents of Mayhem é um dos pontos fortes do jogo. Fácil e rápida de aprender, em poucos minutos os jogadores estarão causando o caos em Seul enquanto desmantelam as forças da LEGION.

Os super agentes ganham experiencia quando completam missões, podendo chegar até o nivel 40. Eles são capazes de darem saltos triplos, dash no ar e escalar paredes. Apesar de termos 12 agentes a disposição, a jogabilidade deles pouco muda, diversificando apenas em suas habilidades que podem ser customizadas.

Infelizmente, faltou um pouco de polimento na jogabilidade que acabou apresentando alguns bugs. As vezes pode ocorrer do personagem não responder ao seu comando. O mais grave foi quando ao usar a habilidade especial de um agente, o mesmo ficava sem poder atirar até que o efeito da habilidade especial acabasse. Este erro ocorreu com muita frequência.

Os agentes também possuem carros para locomoverem-se em Seul. Estes cumprem seu papel bem, mas não espere algo realista como dirigir em GTA V.

Gráficos e Som

Agents of Mayhem faz uso de belos gráficos em cel shadding. A Volition conseguiu trazer belos efeitos visuais de explosões e fenômenos “naturais” que ocorrem em Seul. Mas até nisso faltou identidade no jogo. Em uma olhada rápida você pode ficar em dúvida se está jogando Mayhem ou Crackdown 3.

Crackdown? Sunset Overdrive? Nem sei…

A parte sonora é outro ponto positivo. Persephone, Dr. Babylon ou qualquer outro personagem principal tem uma voz marcante, demostrando que a Volition se preocupou em criar personagens bem caracterizados.

Mas se a dublagem é excelente, o mesmo não pode se dizer do som de fundo. Seul é um gigante metrópole silenciosa onde os NPCs só gritam de desespero durante o caos que criamos. E as músicas que sempre ouvia nos passeios de carro em Saint’s Row? Aqui não há nenhuma trilha sonora.

Opinião

Agents of Mayhem tem todas as características de um jogo da Volition, com diversão descerebrada e muito humor. Você cria empatia pelos personagens rapidamente e logo quer conhecer suas histórias. A jogabilidade também é fácil e gostosa, sempre tornando divertido salvar o mundo.

Mas há claramente uma sensação de oportunidade perdida aqui. O jogo poderia ter sido algo único no gênero, mas erros como repetição de missões e falta de vida em um mundo aberto acabam tirando o brilho do jogo.

Entenda nossas notas.

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