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Análise: Dishonored: Death of the Outsider

Xbox Power
Análise: Dishonored: Death of the Outsider

Dishonored: Death of the Outsider é o mais novo jogo da premiada Arkane Studios. Ele é um jogo standalone gerado a partir de Dishonored 2, com uma trama mais curta e também não precisa do jogo principal.

O jogo se passa após os eventos de Dishonored 2, e você controla a assassina Billie Lurk, ela é uma assassina misteriosa que tem um passado sombrio. Ela está acompanhada de seu mentor Daud e busca a morte do Estranho, que é o titulo do jogo. Ele não mexe apenas com o destino da protagonista, mas também com o seu passado, que é confrontado. Dessa forma, o jogador ganha mais motivações para buscar a morte do Estranho.

UMA HISTÓRIA CHEIA DE DETALHES

O que seria de uma grande história senão fossem seus detalhes, reviravoltas e ramificações. Os grandes RPG’s ocidentais tratam a ramificação da narrativa como algo bem corriqueiro, e Dishonored sempre seguiu essa linha de raciocínio. Desde o seu primeiro jogo, ele apresenta múltiplos finais e pequenas decisões que mudam todo o seu contexto, algo como o que Bioshock e Mass Effect  fazem com maestria.

Isso faz com que o jogador pense em cada ação, como sobre algum personagem que você deve assassinar ou não. Essas escolhas não são só morais em Dishonored: Death of the Outsider, que traz o mesmo nível de imersão dos jogos principais, com suas tramas e subtramas integradas via missões paralelas ou por contratos. Esses contratos abrangem desde missões de roubo de artefatos a até assassinatos, aumentando consideravelmente a quantidade de horas do jogo.

O principal plot do jogo é a busca por informações sobre o Estranho. E para isso, o jogador deve entrar em contato com seitas, pessoas da alta elite de Dunwall, para se aprofundar cada vez mais na partes sombrias do mundo de Dishonored.

O VAZIO E A MORTE DO ESTRANHO

O grande mistério da saga Dishonored gira em torno do Estranho, e em Dishonored: Death of the Outsider isso ganha mais destaque. O Estranho, para quem não conhece, é a entidade responsável por conceder poderes aos protagonistas dos jogos anteriores (Corvo e Emily), assim como Billie e Daud, que já tiveram contato com os poderes do Vazio e sua corrupção, o sabem que o preço é alto para quem usa esses poderes.

O Estranho é um figura misteriosa, que está por trás dos principais acontecimentos políticos do mundo de Dunwall,  ele concede poderes a pessoas especificas, e influencia suas mentes ao ponto das pessoas questionarem se estão fazendo a coisa certa.

O Vazio também é algo bem misterioso, é quase que uma dimensão paralela onde a escuridão reina, lá podemos encontrar inimigos mortais e mistérios por toda a parte. Lembra muito o mundo invertido de Stranger Things, onde a realidade é distorcida.

JOGABILIDADE

Dishonored: Death of the Outsider é praticamente um jogo de mundo aberto, aqui você decide como faz cada missão, e essa liberdade reflete nas escolhas de seu personagem, que irão desencadear consequências no modo de jogar.

O jogo possui a visão em primeira pessoa, algo que traz uma imersão maior. Seus comandos são bem simples,  ao passo que em alguns minutos o jogador já se acostuma com a jogabilidade. O estilo do jogo é um RPG, mas o diferencial fica por conta da jogabilidade em stealth que adiciona um leque gigante de opções ao jogador. Você pode passar pelas missões sem matar nenhum inimigo,  fazer as estilosas execuções de Dishonored, ou ainda subir em lustres ou parapeitos e cair assassinando o inimigo, ao estilo Assassin’s Creed. O segredo para se dar bem é estudar as opções de cada cenário.

Falando de montar uma estratégia, o Vazio da ao jogador as opções de seus poderes, aqui vou falar um pouco deles e como podem ser usados à favor do jogador.

Deslocamento: um poder usado para se locomover e fazer abordagens silenciosas. Basta equipá-lo e apontar a marca para onde quer se teletransportar. É um dos poderes mais usados do jogo. Duplicidade: aqui você pode copiar a face de pessoas que não estejam mortas. Derrube seus adversários e copie sua face, um ótimo poder para passar despercebido. Previsão: esse é perfeito para bolar as estratégias. Com ele você sai em um plano espiritual, e pode marcar inimigos e objetivos, achar amuletos de ossos… Ao marcar os inimigos, você consegue identificar o seu campo de visão e a sua trajetória. GRÁFICOS E SOM

Os gráficos são bem trabalhados, com cenários bem detalhados e com uma sensação de imensidão. Por mais que o estilo de jogo seja um pouco cartunesco, após alguns minutos de jogatina, você vai estar babando com tudo o que a engine da Arkane pode mostrar. Não percebi quedas de frame, mesmo quando haviam muitos objetos e inimigos na tela.

A iluminação também é algo a se aplaudir de pé. Andar nos terraços de Dunwall e ver o por do sol são coisas a se apreciar enquanto se tira a vida de seus adversários.

A sonorização é impecável. O barulho dos passos dos guardas, o vento, os efeitos sonoros dos poderes são bem legais e bem desenvolvidos. O som bizarro do poder de duplicidade é algo meio fantasmagórico, já os poderes do Vazio possuem sons macabros, algo para mostrar que o Vazio tem algo de bem estranho lá.

O jogo possui áudio localizado em Português do Brasil, uma ótima dublagem por sinal, fico feliz que os jogos estejam em uma qualidade de dublagem cinematográfica mesmo sendo algo tão recente no Brasil.

CONCLUSÃO

Um jogo indispensável pra quem gosta do gênero, com um ótimo preço, bom tempo de jogatina, com mais ou menos de 6-7 horas se for fazendo as missões paralelas e você pode jogar sem conhecer os jogos principais, pois tudo é muito bem explicado.

Isso tudo somado a uma trama envolvente e que te prende até o final, faz com que Dishonored: Death of the Outsider seja uma ótima opção para quem esta com pouca grana e quer muito jogar um lançamento com qualidade AAA.

Entenda nossas notas.

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