Pular para o conteúdo principal

Análise: Dante’s Inferno

Xbox Power
Análise: Dante’s Inferno

Olhando meus antigos arquivos, achei a prévia de uma análise de Dante’s Inferno, que é um dos jogos de estilo hack and slash que mais curti jogar, e que agora, graças ao incrível sistema de retrocompatibilidade do Xbox One, ele já pode ser aproveitado no console da Microsoft e também pelos assinantes do EA Access, outro grande serviço do Xbox One.

Dante’s Inferno traz para os games a sua versão de um dos maiores clássicos da literatura mundial, a obra de Dante Alighieri, “A Divina Comédia”. O jogo da Visceral Games apresenta uma narrativa densa, cheia de ação e muita, mas muita, violência. O que não é de se assustar pois a trama se passa no inferno, e é para onde o protagonista vai para salva sua amada das garras do próprio diabo.

Vamos revisitar esse grande clássico?

História

Como dito acima, a história de Dante’s Inferno é totalmente inspirada e adaptada do poema da idade média, “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri. Nosso personagem é Dante, um Cruzado, que se meteu em algumas situações nem um pouco honrosas durante as suas missões, com alguns desses deslizes tendo efeito direto na morte da sua amada Beatrice, com quem ele planejava se casar. Ao voltar para casa ele encontra o corpo dela no chão e sendo carregado para o inferno pelo próprio diabo.

Determinado em se redimir dos seus erros, para então tentar salvar a alma de Beatrice, Dante vai enfrentar todo inferno e destruir todos os demônios que surgirem no seu caminho até chegar ao seu objetivo. Para isso ele terá que passar pelos nove círculos no qual o inferno está dividido: Limbo, luxúria, glutonaria, ganância, raiva, heresia, violência, fraude e traição.

E para deixar tudo ainda mais dramático, Dante tem os seus próprios pecados costurados em sua pele para lembrá-lo dos seus erros. Mas o personagem não está sozinho nessa árdua jornada, pois ele conta com Virgil, que o guia, através desses 9 círculos do inferno.

A história é realmente envolvente e traz nuances muito boas não apenas de Dante, mas também de todo o universo que o rodeia, sendo praticamente impossível não se envolver com tudo o que acontece na tela. O jogo também é muito inteligente ao contar essa narrativa mesclando cinemáticas de alta resolução com sequências animadas que dão um tom único ao que está sendo contado aos jogadores.

O jogo também recebeu uma animação que conta mais detalhes de toda essa trágica história, e que ganhou o nome de “Dante’s Inferno An Animated Epic”.

Jogabilidade

Dante’s Inferno é totalmente focado na ação desenfreada do bom e velho hack and slash, algo que o jogo da Visceral faz muito bem. Para ajudar em toda essa jornada, Dante tem a sua disposição duas armas que possuem essências opostas: uma Foice que era da Morte e uma Cruz que era de Beatrice. Cada uma delas possuem suas próprias características e utilidade em cada momento dos combates, além de simbolizarem o conflito entre luz e trevas que o personagem vive. A jogabilidade com ambas é excelente, e as possibilidades de combos são gigantes. No geral é o tipo de jogo que dá vontade de procurar combate para se meter.

Os inimigos são hostis, como deveria ser em local como esse, e oferecem grande desafio, sejam os mais comuns quanto os super desafiadores chefes de fase, que demandam não apenas habilidade, mas também observação do cenário, pois não basta apenas bater, é necessário algum tipo de estratégia para as batalhas mais difíceis. Dante’s Inferno também possui diversos puzzles, mas eles não oferecem muita complexidade, o que eu senti falta, pois poderia deixar o gameplay mais completo.

Outro fator que possui grande impacto na jogabilidade é o sistema de habilidades Holy ou Unholy. Em diversos momentos do jogo nós podemos escolher entre eliminar nossos inimigos ou perdoá-los, e de acordo com as nossas escolhas iremos ganhado ponto em cada uma dessas árvores de habilidades. Cada uma delas possuem habilidades únicas para Dante, como poderes mágicos, ou aumento de vida, mana, ataque, defesa… Outro diferencial é que cada uma delas está diretamente ligada as armas que usamos. Holy para a Cruz de Beatrice e Unholy para a Foice da Morte. Então o jogador deve pensar bem em cada passo dado no inferno, pois eles interferem diretamente no gameplay e nas habilidades que podem ser usadas.

Também é possível matar os condutores de alguns inimigos enormes que aparecem e assim tomar o seu lugar para usar a besta e assim destruir tudo ao seu redor, o que traz uma variável muito boa para a dinâmica do jogo.

E é claro que como em muitos jogos do gênero, Dante’s Inferno também possui os seus momentos de QTE (Quick Time Events), aquele sisteminha de apertar os botões que aparecem na tela no momento certo. Apesar de terem inserido isso no jogo, eu sinto que se não existissem não fariam falta, a retirada deles faria o título ter mais personalidade.

Dante’s Inferno é repleto de colecionáveis, o que é um prato cheio para quem curte ficar procurando segredos e catando objetos. Alguns deles conferem alguns bônus especiais e outros são apenas para colecionar mesmo. Também existem fontes de vida, mana e pontos espalhadas pelos mapas.

Gráficos e Som

Dante’s Inferno foi lançado em 2010, e jogá-lo hoje nos deixa com a impressão de que ele não envelheceu nada bem, mas mesmo jogando há algum tempo atrás ele já me deixava com a sensação de que faltou um certo polimento nas texturas e cenários. No entanto, nada disso retira a beleza geral do universo criado ou atrapalha o gameplay. São apenas detalhes para serem observados. Os cenários são repletos de Gore, que trazem uma sensação de desconforto, algo que age perfeitamente com a narrativa contada. Então se prepare para cenas pesadas de verdade.

Já o desempenho do jogo é incrível e traz muita fluidez com os seus 60fps, algo essencial em jogo desse tipo, pois deixa a jogabilidade mais solta e as animações mais naturais.

A trilha sonora é muito boa e traz todo o sentimento e a intensidade que a trama merece, sendo encaixada com maestria e nos momentos certos. Ela foi composta por Garry Schyman, de Bioshock, e Paul Gorman, de Neverwinter Nights. A dublagem do jogo é muito boa e as vozes combinam bem com os personagens.

Infelizmente, como a maioria dos jogos da época, Dante’s Inferno não possui legendas em Português, o que estraga um pouco a imersão de quem não manja pelo menos o básico do inglês, espanhol ou francês.

Opinião

Dante’s Inferno é sem dúvida um dos melhores hack and slash que já joguei, o jogo da Visceral tem um ritmo de ação praticamente perfeito e um combate tão bom que nos faz buscar encrenca em cada canto do inferno. Junte-se a isso um universo bem desenvolvido e uma narrativa extremamente imersiva e pesada, para resultar em jogo super recomendado para aqueles que curtem muita ação, mas que também possuem estômago forte, pois os temas tratados são pesados.

Apesar de ter alguns problemas técnicos, como algumas texturas mais pobres, o conjunto da obra de Dante’s Inferno é muito mais relevante, que o torna uma obra obrigatória para os amantes do gênero.

Vale lembrar que o jogo já está disponível na retrocompatibilidade do Xbox One e também está liberado para os assinantes do EA Access.

Entenda as nossas notas.

Clique e confira na Microsoft Store

O post Análise: Dante’s Inferno apareceu primeiro em Xbox Power.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O mapa de Fallout 76: tamanho, regiões, locais e muito mais

Xbox Power O mapa de Fallout 76: tamanho, regiões, locais e muito mais Fallout 76 não apenas lançou um novo e ambicioso toque multiplayer na franquia de RPG, mas também apresenta um local novo e totalmente inexplorado. Ao apresentar a primeira versão da franquia em West Virginia, os jogadores receberão um mapa totalmente novo para descobrir, abrangendo seus marcos e segredos ocultos mundialmente famosos. Aqui nós falamos mais sobre o mapa, as regiões e os locais confirmados do Fallout 76 , antes do lançamento programado para este ano Fallout 76 acontece no pós-guerra da Virgínia Ocidental, com os jogadores assumindo o papel de membros do Vault 76. O Vault 76 está localizado no lado oeste do estado e foi projetado para abrir em 2102, 25 anos após o início da “Grande Guerra“, e 200 anos antes dos eventos de Fallout 4 . O mais antigo jogo de Fallout foi lançado em 2161, então vamos dar uma olhada por mais de meio século antes dos jogos anteriores. As consequências...

PowerCast #26 Parte 2 – Nossas previsões e desejos para a E3 2019

Audio is not supported in your browser Fala pessoal do lado verde da força, depois de um longo hiato estamos de volta com o nosso PowerCast . E estamos de volta com um tema delicioso, a nossa querida E3 2019! E vamos falar um pouco das nossas expectativas e viajadas na maionese. Parte 02: Vamos falar de Xbox e Microsoft! Se preferir, também é possível ouvir pelo SoundCloud , e digo mais… em background no seu Xbox One !!! Clique para conferir a Parte 01 . Clique para conferir o Artigo sobre Dragon Age citado no PowerCast. Não esqueça de deixar suas críticas e sugestões, pois elas são extremamente importantes para a gente! No próximo PowerCast iremos ler e citar as mensagens que forem enviadas para nossa equipe, então participe! Siga a equipe do Xbox Power Guido “Guidoncio” Silva Gamertag: Guidoncio Twitter: @guidoncio Alvanista: @guidoncio Marcelo Brambz Gamertag: Vingador Brambz Twitter: @vingadorbrambz Michael Melo Gamertag: michaeldmelo Twitter: @michaeldmelo ...

Análise: Assassin’s Creed Origins – DLC A Maldição dos Faraós

Xbox Power Análise: Assassin’s Creed Origins – DLC A Maldição dos Faraós Algo que ninguém pode negar é que a Ubisoft fez um impecável serviço pós-lançamento para Assassin’s Creed Origins , não apenas com os conteúdos gratuitos como as Provações dos Deuses e as atualizações com novas mecânicas e modos, mas também em relação com os seus conteúdos pagos. A primeira expansão foi incrível e a segunda e última, que ganhou o nome de A Maldição dos Faraós , conseguiu subir ainda mais o nível de qualidade do título. A expansão assim como a sua antecessora, traz uma série de informações e experiências novas, que realmente acrescentam ao jogo base. História A Maldição dos Faraós traz uma história recheada de misticismo e muita mitologia egípcia, com acontecimentos que ocorrem quatro anos após a narrativa do jogo base. Bayek viaja para Tebas para descobrir o segredo de uma maldição que foi lançada e que trouxe vida para monstros místicos e faraós mortos-vivos, que estão ressurgindo e ...