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Análise: Streets of Rage 4

Um dos maiores Beat ’em ups acaba de ganhar um novo jogo, Streets of Rage 4, que é desenvolvido pela Lizardcube, Guard Crush Games e Dotemu ,chega para ocupar o trono do gênero, e volta para a sua glória após quase 26 anos, desde o lançamento de Streets of Rage 3. 

A Lizarcube possui grande experiência, pois fez um ótimo trabalho com o remake de Wonder Boy – The Dragon’s Trap e a Guard Crush Games com o jogo Streets of Fury.  Logo, elas sabem trabalhar o futuro, sem se esquecer do passado, mantendo o sonho daquele jogador das antigas, e conquistando novos jogadores.

Streets of Rage 4 é um Beat ’em up tradicional em 2D, com gráficos modernizados e estilo de arte incrível. Mas será que o jogo consegue brigar na modernidade, contra jogos que possuem uma jogabilidade mais complexa?  Descobriremos em nossa analise.

Lembrando que o jogo já está disponível desde o seu lançamento no Xbox Game Pass. No final da análise temos o link para a compra definitiva, caso gostem do jogo.

HISTÓRIA

Chegamos a Wood Oak City, uma metrópole que sempre está a mercê das grandes corporações e é escravizada pelo crime organizado.  A trama começa quando Axel, Cherry Hunter, Blaze e Floyd Iraia investigam o novo Sindicato Y, que é formado pelos filhos de Mr. X, o eterno vilão da franquia. Os vilões possuem uma grande arma, que mantêm toda a cidade na palma de sua mão, incluindo a policia. Então, não espere moleza da força policial.

Cabe a você bater antes e perguntar depois, para acabar com os planos do novo Sindicato Y. Não será uma tarefa fácil, o jogador deverá percorrer 12 estágios para chegar a seu objetivo final.

Wood Oak City é imensa e cheia de perigos.

O enredo de Streets of Rage 4 não é algo épico que você lembrará por muitos anos, é algo bem simples, digno dos filmes dos anos 80, com apenas uma grande desculpa para cair na porrada. A trama se desenvolve no final de cada estágio, através de cenas que parecem como de uma revista em quadrinhos, com um climax e um gancho para a próxima fase, fazendo com que o jogador entenda tudo rapidamente e se mantenha engajado.

Algumas cenas são bem legais e impressionam pelo ótimo trabalho feito, mostrando que mesmo com simplicidade, tudo foi feito com carinho.

NOSTALGIA BATEU FORTE NO CORAÇÃO

Uma das melhores sensações para quem já não esta tão novo, é lembrar de momentos especiais do seu passado.  Seja com jogos e filmes, ou em uma conversa com os amigos. Alguns momentos se tornam inesquecíveis, e assim será com a nova geração que terá jogos para se lembrar por 20 – 30 anos e por ai vai.

Em Streets of Rage 4 temos algumas fases secretas contra chefes clássicos.

Em Streets of Rage 4  minha nostalgia bateu forte, pois o jogo é um dos meus preferidos de toda a vida. Acredito que para muitos jogadores também, então a desenvolvedora, com isso em mente, criou diversas situações para que o jogador tenha esse sentimento. Com diversos fan services da franquia e de vários outros jogos. Isso foi de um máximo respeito, afinal os games possuem um enorme legado, e isso foi algo respeitado por eles.

Pego por exemplo um inimigo que parece com o Takuma da franquia Art of Fighting ou da Boss que parece a Cammy de Street Fighter. Isso traz uma sensação agradável, que poucos jogos conseguem fazer. Isso sem contar com diversas cenas e estágios que referenciam a franquia Streets of Rage como um todo.

Além disso, temos fases secretas durante o jogo, em que ao acertar um fliperama com um taser, o jogador poderá batalhar contra chefes dos jogos clássicos.

O REI DOS BEAT ‘EM UPS

O que faz os jogos clássicos ainda serem reverenciados é a sua jogabilidade, que mesmo após décadas continuam oferecendo algo atemporal, ou seja, ela é tão boa e gostosa de se jogar, que o jogador não liga dela ser datada.

Floyd é um dos novatos.

Aqui o datado é jogado fora, pois temos o Beat ’em up tradicional em 2D, mas com grandes ajustes na sua jogabilidade. Algo que não era possível na época, por trazer maquinas com poucos bits e baixas possibilidades técnicas.

Em Streets of Rage 4 a jogabilidade está fluida e bem intuitiva. Logo no começo o jogador consegue aprender facilmente todos os golpes, e vai desenvolvendo seu método para cada personagem. Afinal, cada um poderá ter uma experiência diferente para cada lutador. Onde cada um possui golpes especiais e básicos diferentes, assim como velocidade, força e habilidade.

A jogabilidade está muito boa, dando vontade de finalizar várias vezes.

Além desses golpes, temos os combos, que são bem importantes para esse jogo. Com eles você passará pelas partes mais complicadas e fará mais pontos, que são convertidos em vidas, que ajudarão durante a fase. Outro artifício interessante são os golpes críticos, que podem ser usados para ligar os combos. Eles são como golpes especiais, mas que consomem um pouco da vida. Caso o jogador junte uma sequência, ele devolve a vida consumida para o golpe. Então use com sabedoria, para não piorar a sua situação.

Os novos personagens foram muito bem trabalhados, tanto no design quanto na sua jogabilidade, mostrando que a franquia soube se reinventar.

Cherry hunter é filha do grande Adam Hunter.

Como de praxe de todo bom Beat ’em up, temos as comidas que dão energia, as armas brancas que servem para bater nos inimigos e as estrelas que ativam o golpe especial. Além, é claro, dos barris explosivos e vários objetos que podem ser destruídos na tela, alguns inclusive liberam algumas conquistas.

O jogo possui diversos níveis de dificuldade, que ficam ainda maiores caso o jogador esteja jogando em cooperativo. Seja online ou offline o número de inimigos aumenta na tela, assim como os itens de vida.

Tudo no jogo pode ser desbloqueado durante a jogatina, usando a pontuação adquirida. Isso mostra respeito com o consumidor. O número de personagens que podem ser desbloqueados é enorme, fazendo com que o jogador repita as missões para aumentar sua pontuação.

MODOS DE JOGO INTERESSANTES

Além do tradicional modo história, que é relativamente mais fácil, temos o modo arcade, onde o jogador não pode usar o continue, algo que traz um desafio ainda maior.

Chame seus amigos para a pancadaria.

Outro modo interessante é o modo ataque de chefões, que pode ser jogado solo ou cooperativo online e offline. Esse modo traz todos os chefes do jogo, que devem ser derrotados em sequência. As vezes alguns inimigos mais fracos aparecem durante o combate, trazendo mais dificuldade para a equação. Caso o jogador morra, começa tudo novamente.

Já o modo luta, dois jogadores se enfrentam em uma arena escolhida, podendo ser online ou offline. Aqui temos a oportunidade para testar nossas habilidades contra outros jogadores.

O único problema que encontrei no modo cooperativo online são os lags que acontecem frequentemente, prejudicando a jogatina. Espero que o problema seja resolvido com as futuras atualizações ou servidores dedicados.

UM GRANDE ACERVO DE CONTEÚDO

Além de toda a homenagem que o jogo faz, temos uma grande coleção de artes, músicas e novos personagens para serem desbloqueados. Tudo isso através de pontos obtidos durante o jogo, sem a necessidade de comprar nada. Esses pontos também servem como parâmetro de disputa, pois temos um placar que possui os melhores do mundo e da sua lista de amigos.

Outro aspecto bacana é que cada personagem possui uma bio, em que o jogador pode conhecer melhor a sua história, assim como sua força e suas fraquezas.

UMA DIREÇÃO DE ARTE INCRÍVEL

Uma das maiores virtudes da Lizardcube é a sua arte desenhada a mão, o jogo possui um design incrível, que o jogador pode contemplar a cada trecho do cenário. Além disso, temos personagens que não são genéricos, e que possuem traços únicos e que respeitam a tradição da franquia. Os golpes são muito bem feitos, com cada personagem recebendo sua própria animação, além de uma coloração que destaca os seus golpes.

Alguns chefes lembram personalidades bem conhecidas.

Os inimigos possuem uma arte única e se destacam pela excentricidade, mostrando também uma grande personalidade para cada boss.

Os cenários abusam das referências em relação a franquia clássica, trazendo trechos da cidade que farão o coração do jogador ficar bem quentinho.

UM SOM NOVO QUE REFERENCIA O PASSADO

Streets of Rage 4  teve um excelente trabalho sonoro, trazendo toda a vibe dos jogos antigos, mas misturando com algo novo. O efeito sonoro dos golpes é bem legal, mostrando o impacto deles nos inimigos.

Além isso, temos um ótimo trabalho de localização no jogo, com todos os menus e diálogos em Português do Brasil, já disponíveis desde o seu lançamento. Esse trabalho foi muito bem feito, fazendo algo inédito para a franquia no Brasil. Nunca tivemos um jogo da série localizado, o que é uma grande evolução.

OPINIÃO

Streets of Rage 4 é um dos melhores Beat ’em ups que tive a oportunidade de jogar, me senti na época do mega drive, época na qual esse jogo era o meu preferido. A cada momento a nostalgia batia forte no meu coração, e provavelmente no de muita gente, ao mostrar cenários novos mas que se referenciam os antigos. Além da trilha sonora que ousou, mas respeitou o material clássico.

As batalhas contra os chefes são incríveis, pois cada um tem um design e seus golpes característicos, fazendo com que o jogador tenha uma boa dose de dificuldade. A jogabilidade ficou muito fluida, eles pegaram uma mecânica que é antiga e conseguiram fazer algo gostoso de se jogar, conquistando também um novo público. Os combos são o maior destaque para esse quesito, fazendo com que se busque o melhor jeito de jogar.

O modo online ainda não esta perfeito, trazendo um pouco de lags para a partida, o que deixa essa jogatina um pouco complicada, espero que corrijam esse problema. Mas localmente, com o bom e velho co-op de sofá, o jogo não possui bugs ou quedas de frames.

Espero que o jogo faça muito sucesso, pois quero ver uma sequência logo logo, inclusive com um personagem brasileiro, o que não é algo impossível, pois afinal de contas quem imaginaria que Streets of Rage voltaria algum dia?

Entenda nossas notas

Clique e confira na Microsoft Store

 

 

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